Perdoe-me, mas preciso seguir,
O coração cansou de tanto insistir.
Quantos passos dados em vão,
Por promessas vazias que feriram o coração.
Amores confusos, brumas no olhar,
Nos puxam para onde não queremos estar.
Esperas longas, silêncios de dor,
Enquanto o corpo implorava calor.
Um nó na garganta, um suspiro cortado,
Sozinho no frio, o peito apertado.
Aquela pessoa não vem, e o eco da voz é cruel,
Esconde-se o sol em poemas num amargo papel.
Amores confusos, lições tão amargas,
Entre risos falsos e lágrimas largas.
Fomos amantes, são sonhos despedaçados ao chão,
Marcas profundas, perdidas em meros instantes.
Quantas noites perdidas em vão,
Revivendo o que nunca foi alcançado.
Labirintos de uma memória sem fim,
Lembranças que ferem, mas vivem em mim.
Amores confusos, nevoeiro sutil,
Vão e vêm como o vento febril.
Histórias que trazem tormentos de abril,
Mas desaparecem no romper do dia vazio.
Prisioneros de la duda, libres del deseo,
Los amores confusos son sombras en las sombras.
Nos guían por caminos de indecisión,
Y se desvanecen dentro del corazón.