Era madrugada, o Serjão passava,
Com o caminhão fedendo, ele trabalhava.
No meio do lixo, achou um Danone,
\"Tá lacrado, tá bom!\", eu vou comer de montão.
Pegou uma linguiça meio esverdeada,
\"Isso aqui na chapa, fica temperada!\"
Com leite azedo e geléia na banca,
Tudo isso para o Serjão é janta!
Ô Serjão, é o rei da lixeira,
Come carne vencida e faz de primeira.
Leva o iogurte com dois meses de atraso,
E ainda diz: \"Hoje o jantar tá um arraso!\"
Ô Serjão, o seu bucho é blindado,
Transforma o estragado no seu melhor prato.
Mas no outro dia, caga até a alma
Deixa o banheiro na merda e depois se acalma
Um dia encontrou um queijo amarelado,
\"Esse é maturado, deve ser caroçado!\"
Num dia de sorte, achou um salmão,
\"Tá fedendo a carniça, mas é proteína, irmão!\"
Mas o karma chegou, o corpo zoou,
Vomitando tripa, a cabeça girou.
No hospital, o doutor perguntou:
\"Que porra cê comeu pra ficar desse jeito, meu senhor?\"
Ô Serjão, é o rei da lixeira,
Come carne vencida e faz de primeira.
Leva o iogurte com dois meses de atraso,
E ainda diz: \"Hoje o jantar tá um arraso!\"
Ô Serjão, o seu bucho é blindado,
Transforma o estragado no seu melhor prato.
Mas no outro dia, caga até a alma
Deixa o banheiro na merda e depois se acalma
O doutor gritou: \"Caralho, cê é louco, irmão!
Comer essa merda vai te botar no caixão!\"
Mas Serjão, com a cara de quem não tá nem aí,
Mandou um \"Foda-se! Eu nasci pra resistir!\"
Ô Serjão, rei da merda,
Come carne vencida, na moral, não enxerga.
Já tá acostumado com a podridão,
Pra ele é normal, faz parte da paixão!
Ô Serjão, lenda do lixão,
Transforma o descartado em refeição.
Mesmo doente, nunca vai parar,
Com alimentos estragados sempre vai pra improvisar!