No louco teatro da vida, sou o vento
Entre árvores e tijolos, o pai do movimento
Sobre terra e cimento, num uivo de lamento
Vôo rasante num tormento
Vomito grãos de poeira a minha maneira
Tenho força e domínio, a cara do exílio
Imprevisível e anormal, insensível, anti-social
Invencível e fatal
A força do planeta, sem lógica ou previsão
Ninguém segura minha emoção
Se eu quiser é devastação
Caminho livre, voar pelos campos
Conduzir as nuvens, falar com os anjos
Dizer que sou o rei, do nosso tempo eu sei
A força dos deuses eu herdei
A força do planeta, sem lógica ou previsão
Ninguém segura minha emoção
Se eu quiser é devastação
Sou o vento, o pai do movimento
Sou o vento, o pai do movimento