Lá vem o vento assoviando
suas canções pelas alamedas,
brincando de empurrar
montes de folhas secas.
Sobe e desce das árvores
como uma criança
a gastar toda energia.
Algumas vezes estanca
para respirar.
E, nesse breve silêncio,
parece observar
o caminho a tomar.
Depois, parte novamente,
nem sempre com
doçura e alegria.
Quando está furioso,
descarrega nas ondas do mar
e quebra as árvores que
um dia o deixaram brincar.
Rodopia a saia
das moças descontraídas,
bate portas e fecha janelas...
O que será que
tanto o incomoda?
Uma hora, é suave melodia;
outra hora, forte agonia.
Vento e vida...
Rodopiam, nos trazem alegria;
rodopiam, nos trazem tormento.
Vida e vento...
Como bem-vindo alento,
basta só ficar atento,
nos levam a pressentir
a direção a seguir.