**Verso 1:**
Juventude roubada, o sonho foi despedaçado,
Na quebrada, o futuro é um peso carregado,
Menino de rua, sem escola, sem cuidado,
Cresce rápido, o sistema é implacável, é pesado.
O corre é constante, a vida é no improviso,
Em cada esquina, um amigo que vira aviso,
A favela é lar, mas também é o abismo,
E o medo no peito é o único compromisso.
**Refrão:**
Juventude roubada, mas não vai ser calada,
O grito no peito é a voz dessa jornada,
Juventude roubada, mas não vai ser calada,
A luta é diária, é firme, é pesada!
**Verso 2:**
Vejo as minas no baile, se destacando na dança,
Mas no fundo é a dor que aperta a esperança,
Tráfico, a rua, é a única balança,
E a paz é escassa, se perde a confiança.
O sorriso é disfarce, na mente só o caos,
Fazendo a guerra, mas sonhando com os céus,
O tempo passa rápido, sem deixar seus sinais,
A juventude se perde, mas ressurge, nunca atrás.
**Refrão:**
Juventude roubada, mas não vai ser calada,
O grito no peito é a voz dessa jornada,
Juventude roubada, mas não vai ser calada,
A luta é diária, é firme, é pesada!
**Verso 3:**
Mas no morro tem luta, no gueto tem vida,
A quebrada é resistência, é a luta erguida,
A favela é escola, nos molda, nos guia,
Juventude forte, que se encontra na ferida.
Futuro sem ilusão, mas com muito suor,
No final, é o amor que nos faz lutar com vigor,
Juventude roubada, mas com o fogo de um toró,
E quem acredita no sonho sabe que não vai pro pó.
**Refrão:**
Juventude roubada, mas não vai ser calada,
O grito no peito é a voz dessa jornada,
Juventude roubada, mas não vai ser calada,
A luta é diária, é firme, é pesada!
Esse som busca captar a essência do dia a dia nas favelas, com uma letra reflexiva sobre as dificuldades e as esperanças da juventude, mas sempre com uma mensagem de resistência.