Na escuridão, onde o vento não toca,
Uma sombra dança, tão fria, tão só.
O silêncio grita, o mundo se cala,
E o medo sussurra, onde a luz não vai.
Há passos leves que ninguém ouviu,
Rastros de dor que o tempo cobriu.
Um eco distante, um sussurro de mágoa,
Ela espreita o fraco, devora a calma.
O céu chorou, e as estrelas caíram,
Um vazio profundo onde sonhos fugiram.
E no chão, as lágrimas marcando,
O rastro de algo que está se apagando.
Uma sombra maior que qualquer homem,
Silenciosa, cruel, mas tão só também.
Seu movimento é visto após o impacto,
Quando o pranto ecoa, tão exato.
No escuro, ela dança com sua fome,
Sem nome, sem forma, mas deixa um nome.
Cada vida que toca, uma marca, um fim,
O coração vazio, o silêncio enfim.
Se o sol não volta, o que resta aqui?
Caminhos sem volta, dor que nunca vi.
Será que um dia a luz pode alcançar
A sombra que insiste em nos apagar?
Uma sombra maior que qualquer homem,
Silenciosa, cruel, mas tão só também.
Seu movimento é visto após o impacto,
Quando o pranto ecoa, tão exato.
E quando a noite enfim se desfaz,
Será que ela dorme ou volta a mais?
Lágrimas no chão são tudo o que há,
Marcas de uma sombra que nunca se irá.