\"De cada grito, nasce a revolução. A voz do oprimido nunca será silenciada.\"
Verso 1:
Eu sou a raiz, não se esquece do meu chão,
Muitos tentaram apagar, mas não vão,
A luta vem do fundo, do povo que não cala,
Da favela pra rua, da quebrada pra sala.
Nos anos 80, o racismo na cara,
Mandando o preto pra cova, falando em 'lugar de gente rara'.
Hoje é mais velado, mas a dor não cessa,
Polícia fuzila, e a mídia pressiona, não presta.
Eu vi a dor no peito, vi a lágrima correr,
Mas vi a força também, quem se levanta pra vencer.
O negro não é problema, é força e resistência,
Fazendo história com suor, com consciência.
De Zumbi a Marielle, nossa herança é resistência,
Nosso sangue é ancestral, e a luta não tem carência.
Refrão:
A raiz de resistência nunca vai morrer,
No coração da favela, no sangue de quem é,
A luta é por igualdade, a verdade vai vencer,
Somos filhos de guerreiras, de quem aprendeu a se entender.
Verso 2:
O passado é pesado, mas a guerra ainda é nossa,
O racismo não se cansa, a dor nunca se solta.
Polícia na esquina, mas o povo não teme,
Desse chão que é nosso, a resistência se mantém.
Vem do samba, vem da rua, vem da alma que grita,
Do negro que ressurge em cada esquina, que agita.
As pedras são duras, mas nossa voz é mais forte,
Fazemos história com o punho fechado, com norte.
Notícias de violência, quem conta essa história?
Quem é que paga o preço da nossa trajetória?
Da escravidão até hoje, a luta nunca foi em vão,
Deixa a favela ser luz, deixa a favela ser chão.
Somos resistência, com o olhar de quem sabe,
Que o sonho é real, mesmo em tempo de sabre.
E a luta nunca morre, nunca para de cantar,
É só resistir, é só se levantar.
Refrão:
A raiz de resistência nunca vai morrer,
No coração da favela, no sangue de quem é,
A luta é por igualdade, a verdade vai vencer,
Somos filhos de guerreiras, de quem aprendeu a se entender.
Verso 3:
A consciência não morre, a voz não se cala,
O racismo tentou, mas a gente não enfraquece a fala.
Vejo crianças negras sonhando com liberdade,
Mas o sistema prende com grilhões de falsidade.
Quem governa o Brasil, e quem sofre a repressão?
É a favela que paga o preço da corrupção.
Mas eu vejo a esperança, e vejo a revolução,
Na força do povo, na união da multidão.
Fazendo história em cada esquina do gueto,
Na arte, na cultura, no rap, o protesto.
Somos negros, somos fortes, somos a voz da mudança,
De cada luta diária, nascemos com esperança.
Em cada esquina da rua, em cada gesto de amor,
A gente vai resistir, resistir com fervor.
(Final):
\"Se a opressão não cala, nossa voz ecoa,
E no grito da resistência, o futuro se entoa.\"