Dos bugios que cantamos ao povo
Surge um novo contando lorotas
E trazendo na mala de viagem
A bagagem de mil anedotas
Diz que veio de um pago distante
Onde o diabo perdeu suas botas
Dos bugios que cantamos ao povo
Surge um novo contando lorotas
No lugar onde pousa bugio
Lobisomem se manda à la cria
Vagalume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia
O bugio é medonho e tinhoso
Mentiroso, malandro e sapeca
É capenga, banguela e beiçudo
Orelhudo, caolho e careca
É pitoco e do rabo caçoa
Bicho à toa e levado da breca
O bugio é medonho e tinhoso
Mentiroso, malandro e sapeca
No lugar onde pousa bugio
Lobisomem se manda à la cria
Vagalume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia
O bugio quando vai num churrasco
Faz fiasco, criando alvoroço
Sapateia, vira o prato
E, de fato, ele ronca bem grosso
Se embucha, se estica e se volta
Mas não solta o beiço do osso
O bugio quando vai num churrasco
Faz fiasco, criando alvoroço
No lugar onde pousa bugio
Lobisomem se manda à la cria
Vagalume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia
Hoje o \"véio\" só chega em casa de madrugada
Tapado de saudade
O bugio quando dança baileco
É tareco, que faz confusão
Dá de mão numa guampa de canha
Se assanha e se para gritão
É borracho daqueles sem rumo
Masca fumo e cospe no chão
O bugio quando dança baileco
É tareco, que faz confusão
No lugar onde pousa bugio
Lobisomem se manda à la cria
Vagalume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia