Foi mexer com quem tá quieto
Da viola levou surra
O pinho não perdoa
Hipocrisia de quem urra
Se dizendo moralista
Só semeia desventura
A viola é companheira
Que carrego no caminho
Vai colada no meu peito
Me guardando dos espinhos
Língua solta e venenosa
Na minha roça não faz ninho
Meteu banca de beato
Com discurso e dinheiro
Fala mansa de grã-fino
Se fazendo de cordeiro
Mas por dentro tá mais sujo
Do que pau de galinheiro
A viola é companheira
Que carrego no caminho
Vai colada no meu peito
Me guardando dos espinhos
Língua solta e venenosa
Na minha roça não faz ninho
Pra quem tenta enganar
O povo simples do sertão
A viola mostra o aço
Sem conversa e embromação
Bate forte, corta a língua
Deixa mudo o falastrão
A viola é companheira
Que carrego no caminho
Vai colada no meu peito
Me guardando dos espinhos
Língua solta e venenosa
Na minha roça não faz ninho
A viola é companheira
Que carrego no caminho
Vai colada no meu peito
Me guardando dos espinhos
Língua solta e venenosa
Na minha roça não faz ninho
Língua solta e venenosa
Na minha roça não faz ninho